4.9.10

A sangue frio.

Se um dia um dos meus filhos me disser, mãe, aquele homem fez-me isto, ou, aquele homem tocou-me aqui, ou, isso mesmo que ocorre a todas as mães e pais e que é tão medonho que se luta contra essa ideia com todas as forças do ser, se um dia um dos meus filhos me disser mãe, aquele homem, aquele homem, se um dia eu o apanhar, e esforçar-me-ei para o conseguir ainda que seja a última coisa que faça na puta da vida, se um dia eu o apanhar, aquele homem, morre às minhas mãos, às minhas unhas, aos meus dentes. Depois podem fazer um circo mediático à minha volta. Não me importo. Não verterei uma lágrima. Não proferirei uma palavra.

6 comentários:

Bípede Falante disse...

Pode me chamar que eu te ajudo a fazer o guisadinho.

cs disse...

eu tb ajudo

Maya disse...

Eu também.

Pulha Garcia disse...

Eu faria o mesmo. E não seria necessário ser um filho meu. Qualquer um dos meus bastaria. Há crimes que não admito.

Isa disse...

E tem que ser assim, às nossas mãos. Um tiro não serve, não.
Às nossas mãos, até ao último suspiro.

Quer Deus me perdoe ou não.

Salvador disse...

Faria exactamente o mesmo, Jacklyn... à bruta, sem dó nem piedade, sem remorso. (e só de pensar nisso me arrepio)

Salvador