26.2.12

Falta pouco...

Estou a tentar terminar o último trabalho que tenho de apresentar, que é um web site que tenho de entregar amanhã e cuja entrega significa colocá-lo online e enviar aos professores o link para lá irem ver. Mas não resisti e fui ver se já está na pauta a nota do exame que fiz no dia dezasseis e como tinha dito que mostrava as notas do primeiro semestre, cá estão:

Introdução aos Estudos Literários: 12 (a do exame)
Introdução aos Estudos da Linguagem: 14
Português: 15
Inglês: 19

E só falta esta, que os professores são finos, não se sabe a nota do primeiro trabalho para ninguém se baldar neste. Veremos.

21.2.12

Patifes!

Chegamos a casa e mandei-os à garagem buscar um cesto de lenha. Foram. Acendi a lareira e comecei o jantar. Mandei-os por a mesa. Puseram. Enquanto eu cozinhava mandei-os lá baixo buscar o correio à caixa. Foram. Sentamo-nos para jantar e enquanto eu os servia começaram a balbuciar qualquer coisa entre eles que eu não percebi, mas quando começaram a rir às gargalhadas perguntei-lhes o que se passava. Começou o grande, ai mãe, nem sabes o que aconteceu, o pequeno continuou, sabes o que eu fiz no elevador? sabes, mãe?, eu não sei, o que foi que fizeste? olha mãe, dei um pu muito malcheiroso dentro do elevador e depois quando chegamos lá baixo, entrou uma senhora. Ai valha-me Deus, disse eu, enquanto eles se riam às gargalhadas, coitadinha da senhora.

14.2.12

Valentine

Não tenho um mas dois. São dois tremendos calhamaços que tenho de peneirar e absorver até quinta-feira pois espera-me de goelas abertas e dentes afiados um magnífico exame da cadeira semestral de "Introdução aos Estudos Literários" prontinho para me devorar. Vai daí, tenho programa para hoje à noite, amanhã à noite e quinta-feira até à hora do exame. Se correr bem devoro-o eu a ele e poderei dizer o que quero tanto dizer: menos uma! Depois dessa é fazer e entregar o trabalho da outra cadeira semestral que se chama "Tecnologias de Comunicação em Humanidades" que é nada mais nada menos do que construir um website para a empresa de um amigo que gentilmente concordou com esta aventura. E acabo o semestre, aleluia! As outras estão no papo já desde que acabaram as aulas. Depois mostro as notas. Estou triste contudo, ainda não sei se o novo emprego me permitirá frequentar o segundo semestre. Façam figas...

13.2.12

Simples

Há mulheres que querem um homem para não se sentirem sós. Há  mulheres que querem um homem para se sentirem amparadas, apoiadas. Há mulheres que querem um homem para terem companhia para irem aos sítios. Há mulheres que querem um homem que as sustente. Há mulheres que querem um homem porque acham que os outros pensam que uma mulher que esteja sozinha é porque não é boa peça, se ninguém lhe pega é porque não deve valer grande coisa. Lamento muito mas não consigo encaixar-me em nenhum dos exemplos acima descritos, primeiro porque não encaixo propriamente na categoria das mulheres que querem um homem, apesar da verdade ser que também não posso dizer que não quero porque em tempos dizia que não queria e depois acabei por querer, portanto posso eventualmente vir a querer um homem, e tendo esclarecido o primeiro ponto, passo ao segundo, que é então o porquê, ou o para quê quererei eu um homem. Admito que já pensei nisto muitas vezes, e de todas elas cheguei à mesma conclusão. É fundamental que eu goste desse homem, não é fundamental que o ame, que eu goste é suficiente. Mas não sendo imperativo que me ame, apenas que goste de mim, é imperativo que saiba e aceite que não o quero para nada, só que gosto dele. E isto, parecendo tão simples, é provavelmente o mais complicado.

7.2.12

Baralha, parte e dá II

Há os homens que nos amam, mas nem sempre nos merecem. E há os que nós amamos e que julgamos merecer. Depois baralhamos tudo e agradam-nos os que nos merecem, mesmo que não sejam os que amamos.

6.2.12

Tola

Percebi aqui há dias, no dia 2 de Fevereiro para ser precisa, que na véspera teria sido o décimo quinto aniversário do meu casamento, claro, se estivesse casada. Estava à mesa, em casa dos meus pais e falavamos no dia do aniversário do meu irmão, que era dali a dias, e que entretanto já foi. E a minha mãe, pergunta-me sorrateiramente se não tinha feito anos que eu casei. Tive de pensar, juro que não tive a certeza, mas sim, tinha feito anos que casei. É assombroso como esse facto se apagou completamente da minha memória, assim como também desapareceu a marca do dia em que nos separamos, o dia em que ele efetivamente saiu de casa. Passo por esses dias sem me ocorrerem os eventos, tanto o casamento como a separação. E devo acrescentar que o dia do divórcio também passa despercebido, é que na véspera de ano novo, há outras coisas em que pensar. A minha mãe nunca compreendeu bem esta minha característica, ela acha que sou um bocado tola, mas a verdade é que pouco tempo depois de estar sozinha, não me lembrava sequer que ali tinha vivido aquela pessoa. Desapareceram as memórias, todas, as más e as boas também. Vivo naquela casa como se ali sempre tivesse vivido sem ele, nem me lembro que ele existe. Todos os dias sou confrontada com a existência dele, ele telefona aos filhos todas as noites, e os filhos falam nele frequentemente, mas isso permanecer na minha cabeça é outra coisa completamente diferente. Não fica nada. A minha mãe diz que sou tola, vivi com um homem durante doze anos, tive dois filhos dele, e nem me lembro que ele existe. Temos uma relação perfeitamente cordial, falamos o que temos de falar, combinamos as coisas conforme nos dá jeito, somos flexíveis em relação a horários, fins de semana, almoços e jantares de família que calhem fora de tempo estabelecido, sem qualquer problema ou hostilidade, conheço a namorada dele e damo-nos lindamente, ele entra lá em casa quando vai buscar os miúdos e circula pela casa toda, cumprimentamo-nos e despedimo-nos com dois beijos como se fossemos amigos, mas mal ele sai, puff... desaparece, esfuma-se, como se nunca tivesse existido. Devo ser tola, serei?