16.9.10
A doer
Tive sempre a convicção que quando as merdas são a sério, tem de ser a doer, senão não vale. Daí que, o que se sente tem de ser dito, tem de ser escutado. Mesmo que doa ao dizer, e que doa ainda mais depois de ser escutado. Não pode ser de outra maneira, senão fico com a sensação que não é real, e é, por isso rejeito reduzi-lo a uma mera impressão que com o passar do tempo se transforma numa ténue lembrança turva e sem importância, não seria justo. Não seria honesto.
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8 comentários:
Concordo inteiramente.
Tudo que é de verdade e intenso e profundo tem um preço, às vezes, pago com dor.
As verdades são para se dizer.
Mas esta é a minha forma de pensar. Eu, que não tenho uma camisa como essa aí, que te faz gorda.
Pois querida Bípede, se não doer não é de verdade.
Nem todas grassa. Há verdades que só magoam e não fazem bem a ninguém. Falo das verdades que doem mas que fazem bem, em específico das que doem mais a quem as diz do que a quem as ouve.
A única cena que eu disse que me magoou a sério foi hoje de manhã, quando disse "Era um café, se faz fav-" e depois trinquei a língua.
Dasse... e a seguir bebeste o café quente, ai... deve ter doído mesmo.
A verdade acima de tudo, claro, mas sabes, confesso que às vezes me custa dizê-la(s). Custa-me dizer a tipo que ele não me interessa para nada, por ex. Como dizer isto sem parecer má? Nunca consigo encontrar as palavras adequadas que suavizem a coisa.
Lá está. Essa é uma das que eu acho desnecessárias. Acho que nesses casos o melhor é afastares-te, claro que se for numa fase inicial e superficial. Se já houver mais proximidade, há que dizer, mas sem parecer má é complicado :)
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