6.6.10

Interruptor

Desde ontem que sinto uma energia estranha, uma vibração que não sei de onde vem. Como aquela tristeza que chegou de parte incerta e se instalou como se fosse a dona da casa. Uma pujança inexplicável que desde ontem me faz fazer coisas que há muito não fazia. Estou cheia de ganas. De tudo. O que é estranho. O que me faz pensar que da mesma forma que me toma a tristeza só porque sim, me toma agora uma força vinda do nada que me faz arrancar a todo o gás e me faz sentir bem. E esta merda, assim sem explicação é sinal de desiquilíbrio. Isto é andar ao sabor do vento sem qualquer controlo sobre nada. E a puta da minha vida não pode ser isto, como os interruptores, ora para cima ora para baixo, só porque sim. De modos que não sei o que é normal, se estar triste se estar porreira visto que nem uma coisa nem outra se baseiam em qualquer motivo válido, porque afinal todo o resto se mantém constante.

7 comentários:

Isa disse...

É exactamente essa constância irritante e persistente que provova os interruptores!



a estúpida!


Mas também, para que querias tu estar sempre igual e em equilíbrio?
e como é que sabias que estavas bem sem saberes como é estares mal?


e porquê que não me calo?

jacklyn disse...

Isa minha amiga,
Eu também não queria estar sempre sempre igual, seria um grande tédio. Mas ao menos, que se visse motivo para a tristeza e para a alegria. Sei lá, uns acontecimentos marcantes, já não digo desgraças e mortes, mas coisa que se visse, que se sentisse, assim como acontece com as pessoas normais, tás a ver?

Isa disse...

não, não tou a ver até porque detestaria ser como as pessoas normais.

Eu acho que os motivos estão todos lá e nós até sabemos quais são, não queremos é dar-lhes a importância que eles, manifestamente, têm.
Não têm é que ser situações que "normalmente" justificariam alterações em pessoas "normais".

belhéque!

jacklyn disse...

Dás-me cá cada volta ao miolo... agora vou ter de fazer a revisão da matéria dada ;-)

É por isso que gosto de ti :-)

Isa disse...

Querida,

Faz! faz mesmo! que alguém faça a revisão da puta da matéria dada.
E depois de feita e se conseguires aproveitar alguma coisita, conta-me.

Ser-te-ei eternamente grata por teres feito atempadamente aquilo que eu não fiz e já se justificava alguma coisita da minha patética existência.

Gosto de gajas como tu.

Kid A disse...

Já algum interlocutor deste diálogo apertou a pila no fecho? Ah, bem me parecia que não!

jacklyn disse...

Eu nunca apertei uma pila num fecho. Num fecho, de facto, não.