19.2.10
Efervescente
A minha rotina matinal passa por, a caminho do escritório, parar sempre no mesmo café para beber a meia de leite de golada, que os senhores já sabem que eu gosto dela morna e pegar no maço de tabaco já colocado ao lado da chávena. Agora o maço de tabaco já não é diário, só dia sim, dia não. Como todos os dias, enquanto bebo a meia de leite contemplo o filho do dono do café que com os seus vinte e poucos aninhos é um bálsamo para os olhos. Todo ele é uma delícia, bonito, alto e bem constituído e meiguinho, um doce de menino. Acontece que hoje a rádio estava a tocar uma música que em tempos provocava uma espécie de efervescência dentro de mim. E eu gostava dessa sensação. Hoje não senti efervescência nenhuma, e também gostei.
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22 comentários:
Come-o.
Ah! Agora sim, faz sentido.
"Come-o"
Referes-te ao mocinho do café. Pronto, agora percebi. Lol
Mas oh grassa, há aqui qualquer coisa que não bate certo. Tu comentas posts que eu ainda não escrevi. Medo.
O mocinho?
Não.
Estava a falar de rissóis outra vez.
Oh, que chatice.
Os rissóis deste café não prestam para nada.
Rissóis: não podemos viver com eles, mas também não podemos viver sem eles, não é?
Exacto, o truque está em escolhê-los bem. Os que comemos e os que não comemos.
E depois há aqueles rissóis que duram uma vida, não é?
Deve ser. Já comi um rissol que achava que ia durar uma vida, afinal não. Mas continuo a acreditar que os haja. Why not?
Eu confesso que sou fiel aos meus rissóis, mas há quem goste mais de outros tipos de salgados...
Já pensaste em experimentar coisas novas?
Sei lá: uma chamuça, por exemplo?
Já pensei, e já experimentei. Quer dizer, ando a experimentar. Só experimentando se pode dizer do que realmente se gosta, certo?
Grassa, enganei-me e rejeitei o teu comentário. Repetes por favor?
Certamente.
Qual comentário?
O do prato alheio.
É que quero responder.
Ah!
OK.
Então o que eu disse foi: "Vê lá não faças como um amigo meu que não tem comida dele e depois anda por aí é a comer do prato dos outros"...
Então, sobre comer no prato dos outros, apenas me aproximei uma vez dum prato que não era o meu, e percebi imediatamente que não iria ficar satisfeita. Fiquei logo esclarecida. Não é para mim. A comidinha no meu prato, se faz favor. Assim é que eu gosto.
Excepto se for espetada, certo?
Não. Não há excepções a esta regra.
Então e se for sopa numa tigela?
Aqui a questão não é bem a comida. Sopa é bem bom, desde que a tijela seja minha.
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