7.9.09
Sacana
Não tenho jeito nenhum para vítima. Não tenho nem nunca tive. Aprendi muito cedo que ninguém vai fazer nada por mim. Aprendi que se eu não me fizesse à vida, a vida simplesmente não iria ficar à minha espera. E eu não ia ficar a ver a vida passar. Comecei por bater de frente com o meu pai e deitei por terra todas as expectativas por ele criadas. Azar. Fiz o meu caminho e dei com a cabeça na parede. Aprendi. Faz parte. Mais tarde também aprendi que se adoptasse outra postura relativamente à minha vida teria muito mais sorte. As pessoas gostam de vítimas. É assim, gostam dos coitadinhos, estão sempre prontos para ajudar os coitadinhos. Já dos sacanas ninguém gosta. Aos sacanas todos lhes viram as costas. Contudo entendo que se as minhas opções foram feitas livremente, não faz sentido queixar-me se as coisas correm mal. Assim como tomei as minhas decisões sozinha, os meus problemas são para resolver sozinha. Não faz sentido queixar-me de situações das quais eu sou a única responsável. Só tenho de as resolver. Assim sendo tratei de as resolver mesmo arriscando-me a ser uma gradessíssima sacana. Antes sacana do que coitadinha.
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