6.9.09

6 de Setembro

Hoje é um dia igual a todos os outros. Não sinto nada de diferente, não noto nenhuma mudança nem pressinto que mudança alguma esteja para acontecer assim de repente. Não me sinto mais velha do que ontem, nem do que no mês passado. Não tenho necessidade que este dia seja diferente. Não sinto o desejo de fazer nada diferente do habitual. Nem acho que seja preciso só porque faz hoje 34 anos que eu nasci. E depois? "What's the big deal?" Irrita-me um bocado que se dê tanta importância aos aniversários das pessoas. Irrita-me porque não valorizo toda a cena dos presentes de aniversário. De receber prendinhas a torto e a direito. Ok, são gentilizas, miminhos, o que lhes queiramos chamar. As minhas amigas e eu temos um sistema porreiro. Juntamo-nos todas e contribuimos com determinado valor quando uma de nós faz anos, e como dá um valor já considerável, compra-se à aniversariante um presente de jeito, seja uma jóia, um relógio ou uma utilidade qualquer que a própria não compraria sozinha. Assim acho bem a cena dos presentes. Não é pelo valor, é porque é apenas 1 presente e é algo que realmente se aprecia ou algo de útil. Há, além disso, aquela psicose dos telefonemas ou mensagens a dar os parabéns. Já recebi vários telefonemas hoje, é bom. Os amigos lembram-se, não vou dizer que não gosto. Já recebi várias mensagens, a primeira foi às 00:01h, e tive o cuidado de retribuir as mensagens agradecendo o carinho. Contudo tenho amigos e amigas também que me telefonam só para perguntar se está tudo bem, em qualquer dia da semana. Não preciso de fazer anos para que os meus amigos se lembrem de mim. Mas, que fique bem claro, e é também isto que me irrita, ao contrário de muito boa gente, não levo a mal nem fico chateada nem coisa que se pareça, com quem não se manifestar, quer seja porque se esqueceram, quer seja porque não se lembraram. Não fico. É igual, sei que gostam de mim todos os dias, e não se lembram de mim só no dia dos meus anos. E chega-me.

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