19.7.10

Prashand Gupta

Conheci um senhor indiano que é fantástico. Riquíssimo, fornecedor de tecidos de várias fábricas no Bangladesh com as quais trabalhei. Pensava comprar um avião a jacto daqueles pequeninos no ano seguinte. Por esta altura já o deve ter. E este homem está absolutamente convencido que o sucesso dele se deve maioritariamente, além da sua competência para o negócio, a umas determinadas regras que aqui vou revelar. Foram-me reveladas a mim e à minha colega e amiga que me acompanhou nessa viagem, numa noite muito mística. Eu não sou nada dessas coisas, não alinho nessas ideias místicas e cenas do género, custa-me, pronto. Mas tomei nota dos ensinamentos de Mr. Prashand e nunca fiz nada do que ele nos ensinou. Segundo ele, se formos rigorosos, só nos acontecem coisas boas. Portanto, quem quiser experimentar, faça favor:

As regras das cores para a roupa:
Segunda-feira – branco
Terça-feira – vermelho / tons de coral
Quarta-feira – verde
Quinta-feira – amarelo
Sexta-feira – branco / cores claras
Sábado – azul royal / azul marinho / preto
Domingo – vermelho / tons de laranja

- Nunca usar azul (qualquer azul, mesmo marinho) ou preto ao Domingo.

Claro que não é necessário que se vistam estas cores integralmente, pode ser uma peça apenas, excepto ao Domingo que estão proibidas as cores acima mencionadas.

Deixo também a regra de ouro do Sr. Prashand: (e vai em inglês)

Never abuse
Never lie
Never swear

Só digo que quanto às cores para cada dia da semana, dou cabo da lógica toda da coisa porque há simplesmente cores que não uso e ao Domingo uso frequentemente preto.

Quanto à regra de ouro, só a primeira parte é que talvez conseguisse fazer, porque a parte do mentir e praguejar, ui, é um descalabro. Minto com quantos dentes tenho no trabalho, aliás é uma arte que desenvolvi com todos os requintes, no ramo em que trabalho é fundamental. E o praguejar, bom, lamento mas não é só no trabalho. Se o Sr. Prachand soubesse dava-lhe uma coisinha.

4 comentários:

Salvador disse...

Subha Sandhya, Jacklyn.))

Bem... o Sr Prachand, que acredito Homem sério e com olho para o negócio, é esperto que nem um zorro (expressão alentejana )) ).
'Reunião' com duas Mulheres, nada como falar de roupas e do misticismo das cores, para não se falar nos miseráveis salários que se praticam no País, que levaram a uma onda de protestos e greves nas fabricas do sector textil o mês passado.
Sem tirar mérito ao Sr, gostava de ver se ele seria capaz de enriquecer e comprar um Jacto trabalhando hoje em dia no nosso País.
Julgo que nem com as Regras de Ouro, que me parecem muito sábias, ele o conseguiria.
Só uma dúvida: Never Swear não é 'nunca jurar'?
Uma das minhas regras de ouro, é evitar ao máximo ser chato e/ou inconveniente... se a Jacklyn achar que o estou a ser, diga, sff... ))

jacklyn disse...

Caro Salvador, esclareço-o:
A reunião não foi apenas connosco, estava um grupo de pessoas considerável nessa noite, ele revelou-nos estas regras porque um amigo comum o desafiou a falar dessas coisas. Depois, acho que o Sr. Prachand tem olho para o negócio em qualquer parte do mundo, e se viesse vender os tecidos dele para Portugal teria muito sucesso pois são bons e muito mais baratos do que os nacionais, contudo não achava bem se o fizesse pois iria prejudicar a industria textil portuguesa. Seria bom para as fábricas de confecções mas péssimo para as tecelagens e fiações. Quanto ao "never swear" posso ter escrito mal, mas é "nunca praguejar" (até vou já ver se escrevi bem ou mal :):)

Maya disse...

Olha, vou já experimentar aquilo das cores. Se ao fim de uma semana não resultar, desisto e peço-te reembolso (pelas peças amarelas que vou comprar).

:) :)

[e agora vou ver os teu posts antigos]

jacklyn disse...

Ok Maya, combinado.
Depois conta-me quer tenha resultado quer não, mas não sei se uma semana será suficiente :):)