8.7.10

No tempo

em que a existência se reduzia a muito pouco, no tempo em que o coração quase não batia, em que o cansaço era soberano, no tempo em que a dor no peito era tão forte que respirar se tornava impossível, no tempo em que chorar seria um bálsamo, no tempo em que o sono era uma miragem, nesse tempo, eu ouvia isto, ouvia desesperadamente, como quem se agarra aos destroços de uma vida naufragada, para não afundar.

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