3.5.11

Algazarra

No dia de Páscoa, a seguir ao almoço ouvi uma grande algazarra, eram as vozes dos meus filhos e lá no meio ouvia a minha mãe também. Mas, ao invés da minha mãe os estar a mandar calar como é costume, a voz dela pareceu-me tanto ou mais excitada do que as deles. Da janela do quarto do mais novo, sim em casa dos meus pais tanto eu como eles temos quarto, pelo meio das folhas do limoeiro, via-se isto:


Este ninho magnífico lá estava, escondidinho. Diz a minha mãe que agora, onde se vêm dois ovos, estão quatro. Foi uma festa, como é bom de ver. Hoje, há bocadinho, quando lá cheguei para almoçar, deparo-me com isto em cima da mesa das traseiras:



Duas cobras, metidas num frasco que a minha mãe encontrou no quintal e imediatamente chamou o meu pai para as apanhar. São para os rapazes, disseram-me os dois, todos contentes. Quando os moços chegarem da escola vai ser o fim da macacada.

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