31.12.09
The end
Sou, a partir de hoje, uma mulher divorciada. Tive de me arrastar a mancar até à Conservatória, a audiência estava marcada para esta manhã há algum tempo. Vai ser literalmente "Ano novo vida nova". Mentira, não é nada. A vida nova já não é nova, não é de agora, já tem muitos meses. E, da mesma forma que um papel que oficializa uma relação não altera sentimentos, ou não deveria alterar, o papel que oficialmente a dissolve também nada muda, especialmente quando os sentimentos morreram anos antes. Resumindo, estou na mesma, sinto-me a mesma. A única coisa que poderá mudar é a percepção que os outros têm de mim, porque o estigma da "mulher divorciada" é ainda bastante evidente, e que pessoalmente acho que é uma perfeita estupidez, assim como todos os rótulos inventados pela sociedade. Contudo, como acredito que os actos são o que define as pessoas, não as palavras, e não a raça ou o credo, e muito menos o estado civil, cá estou, eu própria, a mesma, de cabeça erguida, cagando de alto para todos os que, condicionados pelo meu estado civil, se deixem levar pela estupidez e comecem a achar que o meu comportamento vai mudar. Para todos esses, caguei.
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1 comentário:
Faz muito bem!!
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