6.11.09

Stop // Pause

O constante exercício que faço de olhar para mim de fora para dentro, conjugado com a análise que faço de dentro para fora cansa-me, desgasta-me, suga-me uma boa parte da energia que ainda me resta. Se por um lado me facilita a escalada e me dá impulso para me levantar quando caio, por outro faz com que frequentemente me sinta no limiar da exaustão e deseje que fosse possível ficar algum tempo a ver a vida passar. Como se eu fosse uma simples espectadora, completamente impotente no desenrolar dos acontecimentos. Sempre fiz questão de tomar as minhas decisões antes que alguém as tome por mim, sempre fiz questão de analisar e racionalizar tudo o que sinto ou faço, mas tenho momentos em que a ideia de me sentar e encostar para trás e ficar só a ver não me desagrada de todo, levar as mãos à nuca e entrelaçar os dedos, levantar as pernas e cruzar os pés pousando-os em cima da mesa, enfim, descansar. Vou tentar, só por um bocado. Até recuperar o fôlego para voltar a tomar as rédeas. Tenho é de ficar quieta, senão arrisco-me a apanhar areia na curva e sem contar, sacar uns peões e acabar espatifada contra um muro. É este o grande problema de se soltar as rédeas, basta 1 segundo de distracção para sofrer um violentíssimo acidente. Por isso, quieta... quietinha...

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