19.10.10

Saturday night

Aconteceu-me uma coisa estranhíssima no Sábado passado, não este que acabou de passar, no Sábado passado mesmo, o da semana passada. Entendido? Bom, adiante. No Sábado passado jantei em casa do meu compadre que cozinha muito bem. Comemos e bebemos muito bem. Depois de jantar apareceu o meu irmão, um primo nosso e um amigo deles. Bota música e vai daí, o meu compadre teve a excelente ideia de preparar umas bebidas. Muito bem, vai daí, emborquei duas vodkas Absolut com Sumol de laranja, que foi o sumo que se arranjou no café lá de baixo. Bebida altamente improvável, mas que escorregou que foi uma maravilha. Resultado: fomos depois à festa de reabertura da discoteca cá do sítio, onde me deparei com um tipo que nunca antes tinha visto, boa pinta por sinal, e que me olhava com aquele olhar que já aqui descrevi, o olhar que me faz voar, o olhar desafiador. Arrependi-me imediatamente da vodka já consumida, mas não havia volta a dar-lhe, e este, com este olhar e esta pintarola, não vai a lado nenhum, fica já aqui, pensei. E ficou. Conversamos, dançamos e no fim trocamos de nº de telefone. Só um pequeno problema, no dia seguinte não conseguia lembrar-me do rosto dele. Lembrava-me da conversa, lembrava-me de o ter achado um giraço, lembrava-me do olhar que me fez levantar voo e lembrava-me que ele cheirava bem. Do rosto, nada - lá está, vodka a mais - não me lembrava do rosto, uma chatice. Como expliquei no início, tudo isto aconteceu no Sábado passado, o da semana passada, porque este Sábado, este que acabou de passar, o tipo telefonou-me e eu, claro, eu quis ir confirmar se o que me lembrava batia certo. Bate tudo certo, simpático, giro, cheiroso, e desafiador. Isto promete. Ui, se promete!

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