7.8.09
The real thing
Estas estão a ser as melhores férias que tenho, desde há uns bons anos para cá. Nos últimos anos, as férias foram sempre motivo de stress para mim, por muito estranho que possa parecer, (férias = stress ???) não faz sentido nenhum, pois não? Pois não. Mas é a mais pura das verdades, desde pensar quando vão ser as férias até à escolha do local (quem me conhece sabe que tenho muita dificuldade em planear seja o que for com muito avanço) até à pressão que antecipo durante as mesmas. Eu ando o ano todo a toque de caixa, pressionada pelas horas, pelo pouco tempo para seja o que for, pelos contra-relógios diários na tentativa de manter toda uma estrutura familiar a funcionar de forma mininamente decente. Por isso na minha cabeça, "férias" significa a antítese de tudo isto, significa acordar sem despertador, pensar no que apetece fazer e fazer, ou de imediato ou mais tarde sem problemas com as horas, ou mudar de ideias só porque sim, ou não fazer mesmo nada. Acontece que durante muitos anos, a minha ideia de férias foi mesmo só isso, uma ideia, porque na prática... na prática continuei a sentir-me pressionada pelas horas, a ter de controlar o tempo para poder "aproveitar" bem. O que é aproveitar? É definir o que se vai (ou tem de) fazer e fazê-lo? Sem espaço para a preguiça ou para alternativas que entretanto poderão surgir ou apetecer? Isto para mim não é aproveitar as férias. Não e não! Estas sim, estas férias são mesmo férias. Fiz, fui, fiquei, não fiz, não fui e não fiquei. Só porque me apeteceu. E depois, qual é o mal? Desde que os meus apetites não chateiem ninguém. Não vejo mal algum.
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