30.8.09

Nota mental II

“Men heap together the mistakes of their lives, and create a monster they call destiny.”

John Hobbes

28.8.09

27.8.09

Nota mental

"...não quero ter internet em casa, porque se tiver perco tempo a trabalhar..."

And it hit me...

... that even if most things have changed, there are some things that, in a quite comforting way, remain exactly the same.

26.8.09

The cook, the thief, his wife and her lover (1989)

Foi há 20 anos e continua a ser o meu filme preferido, de sempre, de todos, o mais intenso.

Realização: Peter Greenaway
Com: Helen Mirren
Música: Michal Nyman
Guarda-roupa: Jean-Paul Gaultier

25.8.09

The lover / L'amant (1992)



Waiting for a sign, a touch of your grace
To carry me home, under these waves… I’m slipping…
I’m crying like a child for the day to begin, to follow your breeze, haunted by your skin
I’m slipping
So please, do me right woman
Cause I’m hanging by a thread, far from divine
Wish I could flourish and speed up time… I’m slipping…
I’m sliding down…
So please, do me right woman
Please do me right woman
Do me right woman, enter my space
Fragile and pure… I will follow your pace
Just do me right woman… please…
I’ve taken all your wisdom, but my plate is not filled
My spirit is not calm, my soul yet to be thrilled
And my heart has not got enough… I’m still slipping…
So please, do me right woman
Please, do me right woman
Just do me right now

24.8.09

Momento L'Oreal

Enquanto preparo o jantar, ocorre-me que no outro dia comprei vinho. Acabo de abrir uma garrafa, só para mim.. só para mim. Porque eu mereço!

23.8.09

Glow

Ela não é linda nem deslumbrante, mas sente-se bem e gosta de si como é. Não tem complexos com o corpo, é o corpo dela, com todos defeitos e marcas que nunca apagaria porque lhe lembram todos os dias a sua história. É descontraída e não gosta de merdas complicadas. Sente-se solta, livre, sem planos. Ela gosta de rir, de dançar e de apanhar sol. Gosta de conversar, gosta de conviver. Também gosta de estar sozinha, de não fazer nada, de se atirar para cima do sofá e de não ligar nenhuma à televisão. Gosta de provocar, mesmo sabendo que a maioria das vezes não provoca nada, não lhe interessa muito. Ela não se preocupa com o efeito que causa nos outros. Ela deseja, ela vibra e treme por dentro, incondicionalmente. Ela persegue o que quer. Só porque sim. Só porque se tinha esquecido há muito tempo do que é vibrar. Lembrou-se agora, e sabe muito bem o que a faz agora vibrar. O que a estimula, excita e acende. E retira o melhor disso, retira o seu prazer pessoal de tudo o que sente. O seu. O dela. É egoista, ela sabe. E tudo isto se vê: "Minha filha, tu agora parece que brilhas!" disse-me a minha tia de 80 anos no outro dia.

22.8.09

Pára, não faças nada.

Deixa-me beijar-te. Deixa-me percorrer o relevo dos teus lábios, deixa a minha língua explorar a tua. Não faças nada, sossega. E beijei-te. A boca, a face, o pescoço, a curva do ombro, o peito… os pelos macios do teu peito. E desci por ti fora, e a tua cinta e o teu umbigo… as minhas mãos ficando para trás percorrendo o caminho que a boca havia feito. Deslizei uma mão por baixo da tua coxa, levantei-a e afastei a tua perna, tu instintivamente, fizeste o mesmo à outra e… lembras-te?

Wicked Games

what a wicked thing to do
to let me dream of you



...nobody loves no one...

Sons

... tão sussurrados e tímidos para pedir o prazer, como profundos e exuberantes para o demonstrar...

Toque

... a mão que depois, lentamente, subindo e descendo me acaricia as costas, é a mesma que antes me fez subir... subir... e subir...

21.8.09

Easy

I've been

putting out the fire with gasoline...

(David Bowie)

20.8.09

E depois dá nisto...

"Não me peças palavras, nem baladas,
Nem expressões, nem alma... Abre-me o seio,
Deixa cair as pálpebras pesadas,
E entre os seios me apertes sem receio.

Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem, desvairadas...
E que os meus flancos nus vibrem no enleio
Das tuas pernas ágeis e delgadas.

E em duas bocas uma língua..., - unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue misturar-se.

Depois... - abre os teus olhos, minha amada!
Enterra-os bem nos meus; não digas nada...
Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce!"

José Régio

Falta

Hoje acordei com uma sensação estranha... como se me faltasse qualquer coisa. Foi de fininho, mas espreguicei-me na cama e invadiu-me. Falta-me qualquer coisa... E assim passei o dia, com aquela coisa chata a vir-me à ideia várias vezes, mais do que as que eram precisas. Não gosto nada disto! Chateia-me, irrita-me! A merda toda é que continua e o mais certo é que dure mesmo até adormecer. Hoje fez-me falta um bocado de, e odeio mesmo esta palavra, mimo.

19.8.09

Sabor

...as gotas de suor que do rosto me desciam até à boca e que eu saboreei de olhos fechados não eram minhas...

Bad ass

Gostava de perceber como é que a cara de um dos gajos do meu tempo de liceu aparece agora num cartaz do CDS-PP! Fiquei estarrecida!! Este moço era, na sua adolescência um verdadeiro "bad ass", mas daqueles mesmo bons. Não ia em merdas, era insolente mas mantendo um low profile que lhe garantia sempre safar-se quando o resto do grupo era apanhado nas cowboiadas. Sempre o imaginei filho de pais endinheirados (no mínimo) mas sempre o vi como um rebelde por convicção, não daqueles imbecis que só querem chatear os papás. É verdade que há umas semanas atrás vi-o na rua e desconfiei do sapatinho de vela, da calça beije e do blazer azul marinho. Pensei de mim para mim: "olha-m'este gajo... que diferente que ele está... " Mas nunca, nunca me passou pela cabeça semelhante reviravolta. Achei que o trabalho lhe exigisse a indumentária certinha. Este era o tipo de gajo que nunca imaginaria sequer metido na política, quanto mais enrodilhado no CDS-PP... Mas tenho de aceitar que há gente que cresce e dá uma volta de 180º, ou que me enganei completamente quando pensava que a rebeldia da juventude era genuína, se calhar não era...

18.8.09

Odor

... na mesma medida em que vai lentamente desaparecendo eu vou percebendo que queria que ficasse...

17.8.09

Fora de tempo

Tudo isto que sinto deveria ter sido sentido antes, não depois. É muito estranho. Não era suposto sentir o nervoso miudinho, o frio na barriga, o tremor das mãos, antes? Então porque é que tudo isto me assola depois? De cada vez que me lembro sinto tudo isto, umas vezes em separado, outras vezes tudo junto e outras também em que não consigo (ainda) verbalizar exactamente a sensação que tenho. No início, nem parecia real. Depois de ter dormido e acordado a coisa “materializou-se”. E começaram as sensações, as tais que deveriam ter ocorrido antes. Não percebo, mas também tudo isto é novo. Talvez seja mesmo assim, talvez seja assim que deve ser. Não sei. Mas sei que antes ou depois, estas sensações são muito boas, gosto delas. Quanto tempo irão durar?

16.8.09

Visão

És, como te tinha dito, uma belíssima visão. Ficas lá muito bem, tal como eu imaginava. Os restantes sentidos não ficam a nada perder, de maneira nenhuma. Volta sempre que quiseres.

15.8.09

Sonho adolescente

Um dos motivos que me fazem gostar tanto desta praia é a possibilidade de assistir às manobras diárias dos aviões de caça da base aérea que fica aqui perto. Fazem-me regressar à minha adolescência, e à época em que eu queria ser piloto da Força Aérea. Além disso levam-me a pensar também nestes tempos recentes. Ultimamente senti-me como se estivesse a fazer testes psicotécnicos. Tal como fiz na altura. Não sei se dei a entender que tive sempre a noção de cada teste, de cada matéria, de cada capítulo, e de cada nível de “dificuldade”. Sempre. E decidi em consciência submeter-me a cada um deles. Para aprender, tal como fiz na altura. Há 15 anos atrás, os testes serviram para também aprender sobre mim própria, tanto quanto os verdes 18 anos permitem. Agora, aprendi muito, mas a outro nível, claro. Foi muito interessante ver e analisar as minhas respostas a cada tema introduzido, porque os exercícios mentais que fui fazendo me mostraram a que ponto amadureci as ideias e conceitos que fui adquirindo, e por outro lado, como alterei alguns dos meus pontos de vista. Fui percebendo o quão claras para mim estão certas questões, de que forma as vivo ou relativizo. Percebi que basicamente procuro o equilíbrio entre o emocional e o racional, apesar de ter plena consciência que quase toda a vida adulta vivi pendendo sempre mais para o lado racional do que para o lado emocional. O meu lado racional ainda ganha, mas gostaria que o lado emocional ganhasse algum terreno, mas sem perder nunca o controlo, isso não. Aprendi também que sou intensa. Seja o que for que decida fazer ou viver, tem de ser intensamente. E isto não tem a ver com emoções. Mesmo decisões racionais têm de ser intensas. Não faz sentido viver as coisas pela metade. E pode parecer uma grande contradição, dizer que procuro o equilíbrio e ao mesmo tempo dizer que tudo tem de ser intenso. Mas se as decisões forem tomadas em consciência, com plena noção da realidade, não há espaço para dúvidas nem receios e assim sendo, só faz sentido que se viva intensamente. Não sei até que ponto esta intensidade poderá ser eventualmente mal interpretada e confundida com um certo abandono a emoções novas ou procura de afectos ou ligações mais profundas. Nada tem a ver com isso, apenas intensidade e autenticidade. E regresso ao início, quando eu queria ser piloto de aviões, de caça ainda por cima. Não me ocorre profissão em que seja necessário ser tão frio e racional, e ao mesmo tempo se tenha sensações, não confundir com emoções, tão intensas. Conhecendo-me agora como me conheço, fazia todo o sentido o meu sonho adolescente.

14.8.09

Não, não fui eu

que compliquei. Foste tu... pensas demais.
Desliga-me esse complicador, experimenta, pode ser que gostes da vida "versão simples".

10.8.09

Especulação

Só não sei se fui eu que compliquei, só porque quero em vez de palavras actos, ou se foste tu, só porque elevas a coisa a um nível para o qual não havia, acho, para já necessidade.

8.8.09

Let's see

...if you miss me.

7.8.09

The real thing

Estas estão a ser as melhores férias que tenho, desde há uns bons anos para cá. Nos últimos anos, as férias foram sempre motivo de stress para mim, por muito estranho que possa parecer, (férias = stress ???) não faz sentido nenhum, pois não? Pois não. Mas é a mais pura das verdades, desde pensar quando vão ser as férias até à escolha do local (quem me conhece sabe que tenho muita dificuldade em planear seja o que for com muito avanço) até à pressão que antecipo durante as mesmas. Eu ando o ano todo a toque de caixa, pressionada pelas horas, pelo pouco tempo para seja o que for, pelos contra-relógios diários na tentativa de manter toda uma estrutura familiar a funcionar de forma mininamente decente. Por isso na minha cabeça, "férias" significa a antítese de tudo isto, significa acordar sem despertador, pensar no que apetece fazer e fazer, ou de imediato ou mais tarde sem problemas com as horas, ou mudar de ideias só porque sim, ou não fazer mesmo nada. Acontece que durante muitos anos, a minha ideia de férias foi mesmo só isso, uma ideia, porque na prática... na prática continuei a sentir-me pressionada pelas horas, a ter de controlar o tempo para poder "aproveitar" bem. O que é aproveitar? É definir o que se vai (ou tem de) fazer e fazê-lo? Sem espaço para a preguiça ou para alternativas que entretanto poderão surgir ou apetecer? Isto para mim não é aproveitar as férias. Não e não! Estas sim, estas férias são mesmo férias. Fiz, fui, fiquei, não fiz, não fui e não fiquei. Só porque me apeteceu. E depois, qual é o mal? Desde que os meus apetites não chateiem ninguém. Não vejo mal algum.

You can't always get what you want

"You can't always get what you want
But if you try sometime
You just might find
You get what you need"

6.8.09

Justify my love - Madonna

No final do video-clip aparece esta frase:

"poor is the man
whose pleasures depend
on the permission of another"

Não sei quem a escreveu, não importa.

5.8.09

4.8.09

One of my favourites

A poem by W.H. Auden

I

"Stop all the clocks, cut off the telephone,
Prevent the dog from barking with a juicy bone,
Silence the pianos and with muffled drum
Bring out the coffin, let the mourners come.

Let aeroplanes circle moaning overhead
Scribbling on the sky the message He Is Dead,
Put crêpe bows round the white necks of the public doves,
Let the traffic policemen wear black cotton gloves.

He was my North, my South, my East and West,
My working week and my Sunday rest,
My noon, my midnight, my talk, my song;
I thought that love would last for ever: I was wrong.

The stars are not wanted now: put out every one;
Pack up the moon and dismantle the sun;
Pour away the ocean and sweep up the wood.
For nothing now can ever come to any good."

É o piano... é sublime...

O resto também é sublime, mas acho que dispenso... para já.

Escravidão

A minha mãe passa a vida a arrumar. Está sempre a mexer, sempre a por alguma coisa no sítio, sempre a abrir ou fechar gavetas ou a limpar coisas. Ela não pára, é impressionante, tem uma energia que francamente não sei de onde lhe vem. Admiro-a imenso por isso (e por outras coisas bem mais importantes). Pois está claro que eu fui muito bem educada nas lides domésticas. Demais até, durante toda a minha adolescência achei que estava a ser castigada por qualquer acto hediondo que tinha cometido sem me aperceber, tal foi o nível de colaboração em todas as tarefas domésticas que me foi sempre exigido. Sou portanto uma dona de casa perfeitamente qualificada. Certificada pela minha mãe nas lides da casa e certificada pelo meu pai nas lides culinárias (sim, sempre foi o meu pai o cozinheiro, e de truz!) Acontece que aqui a moça, tão bem preparada que estava para enfrentar todos os desafios inerentes à gestão de uma casa (e família, porque não?) quando se casa, recebe de "presente" uma empregada, ou mulher a dias porque só estava 2 dias por semana (começou por 1 mas depois passou a 2). E pronto, tantos aninhos a trabalhar, a preparar-me para a vida para depois não ter que fazer quase nada. "Oh que chatice..." Pois, pois... Esta foi precisamente a minha recompensa. Os cinemas com as amigas que falhei, os cafés que não tomei, os passeios que não dei, etc... finalmente recompensados! É certo que tive de ensinar à senhora (que podia ser minha mãe), do alto dos meus vinte e poucos anos, como se executavam certas tarefas de forma mais eficiente do que ela tinha por hábito fazer (o saber não ocupa lugar, dizia a minha mãe). E durante anos vivi assim, com mulher a dias 2 vezes por semana. Um dia para a limpeza geral do espaço e outro dia para passar a ferro toda a roupa entretanto lavada e seca. Um espectáculo! E moi, (podre, na boca do meu pai) além de cozinhar (mas isso sempre foi um prazer, nunca encarei a cozinha como uma tarefa), só fazia o estritamente necessário no dia a dia. O que era muito pouco. Vida boa, portanto. Agora, a mulher a dias só vem uma vez por semana (não preciso nem quero mais) o que significa que sou eu que passo a ferro. Não me importo, prefiro do que limpar, que é o que ela faz quando vem. Contudo, tocam-me também outras coisas. E aqui, não é bem que me toquem. Assim parece que as faço contrariada, e não faço. Habituada que estava ao bem bom, poderia até custar-me entrar no ritmo da manutenção básica da organização da casa, mas não. Limpo o que entretanto se sujou (numa semana muita coisa se suja), arrumo roupas, brinquedos, papéis. Faço camas, mudo lençóis e mudo também coisas de sítio, só para variar. Não me custa nada, e no fim tenho uma sensação de satisfação, de dever cumprido. Talvez sinta a casa como "mais minha" agora e ela me desperte mais atenção. Trabalho muito mais, é certo, mas é com gosto. Só não sou como a minha mãe, que é escrava da casa. Eu não: a casa é que é minha escrava, ela é minha e não o inverso. Eu arrumo e limpo, mas gosto de chegar a casa e sentir que vive cá alguém. Gosto de ver as almofadas do sofá amassadas, gosto de sentir o cheiro da lareira no inverno, gosto de ver os brinquedos na sala, gosto de ver os dvd's em cima da mesa, sentir que há vida cá dentro. Detesto aquelas casas que parecem montras de lojas ou exposições. Tudo impecável, nem um grão de pó, nem um fio fora do sítio, nem uma ruga no sofá. Dá-me a sensação que ali ninguém disfruta do conforto, que ali ninguém relaxa, que ali ninguém vive.

Apêndices

Ontem à noite tirei o relógio. Estou já na segunda semana de férias, e só agora consigo retirar do pulso o relógio, sem o qual, durante o resto do ano não me consigo orientar. Não vivo sem o relógio, só o tiro do pulso para tomar banho e lavar louça. De resto fica, sempre, e só sai nas férias e nem sequer é imediato. Mas não estou constantemente a ver as horas. Só tenho de saber que está lá para quando quiser ou precisar de saber as horas. Só durante a noite é que é um "nadinha" paranóica a minha necessidade de saber as horas de cada vez que acordo. Assim como os meus óculos de sol, tenho-os sempre comigo, sempre. Assim como cigarros e isqueiro, sempre comigo também. E aspirinas, e a mola do cabelo, estas claramente cenas de gaja, e depois? Eu sou uma gaja, tenho direito ou tenho de pagar?

Nem mais...

Deixemo-nos de merdas

E, enquanto se conversa, se fuma e se bebe, na televisão está a dar este filme. E por muito que se diga que se é forte, independente, dura e afins, é assim que eu gosto. Que me agarrem com segurança, convicção e firmeza. Tanto no tango como em tudo o resto.

Live

Estamos os 3 na minha sala, eu a minha amiga e o meu amigo. Ele veio fazer-me o jantar (tirei um dente, correu mal e estava de rastos), ela veio mais tarde, trazer natas (que por sinal detesta mas faziam falta para o jantar) e pão, porque já estava tudo fechado. Estamos os 3 na minha sala a conversar, a beber e a fumar. Agora, mesmo agora. E ele, no meio da conversa animada, esbarra com o cigarro no meu sofá! "Aaaaiiiii, que me queimaste o sofá!!!" (Grito eu) "Também, nunca gostei desta cor!" (Gritou ele) Atiramo-nos os 3 para o chão a rir. Ainda me dói a barriga, já não me dói o (buraco do) dente...

P.S. Ele é decorador... parece que vou ter sorte...

3.8.09

Fama

Sábado à noite, Bairro Alto, um bar qualquer. Ao balcão, estou a pedir o meu vodka/limão quando sinto alguém atrás de mim, muito próximo de mim. Institivamente olho para trás e dou de caras com este senhor. Reconheci-o imediatamente apesar de não me lembrar do seu nome. De cabelo muito curto, de olhos muito azuis. Surpreendentemente mais alto do que parece na televisão e agradavelmente muito mais atraente também. Abri um sorriso e:
Eu: Olá!
Ele: Olá! (também abriu um sorriso)
Eu: (chamando a atenção da minha amiga que entretanto chegou) Conheces este senhor não conheces?
A minha amiga: (surpreendida e tímida) Conheço...
Ele: (não disse mais nada mas olhava ora para mim ora para ela e sorria estupidamente)
Eu: (já a rir) Pois... (entretanto recebi a minha bebida) ele é que não nos conhece a nós... soltei uma gargalhada e vim embora. Ninguém me tira da ideia que aquele sorriso estúpido foi de quem achou logo que ia ter "festa" com mais 2 gajas que iam ficar ali a bajulá-lo só porque aparece na televisão. Querias...
(Só agora é que fiquei a saber o nome dele, ao procurar a foto na net, é o Pedro Laginha que além de ser actor é o vocalista da banda Mundo Cão)

Naked

O que é mais difícil, despirmos a roupa ou despirmo-nos de tudo o resto?

Girls on film

É puro egoísmo, e sem sombra de culpa. É isso que sinto quando tiro fotografias e tas mando. Não são para ti, são por mim.

Back to basics

Tenho aproveitado as oportunidades que se me têm apresentado. Tenho a sorte de estar de férias neste momento o que é evidentemente fundamental porque tenho tempo e disposição para isso. Este fim de semana foi um excelente exemplo disso.
Para começar a simples planificação do fim de semana em si constituiu uma grande vitória, pois foi feita numa altura em que tudo, mas tudo me parecia imensamente complicado. Mas consegui marcar o hotel, comprar bilhetes para o concerto (o móbil de todo o fim de semana) e fiquei muito satisfeita. Tomei esta decisão completamente só, tratei de tudo só para mim. Entretanto alguns amigos resolveram alinhar no programa e devo dizê-lo, a gosto, comprei depois mais 4 bilhetes e reservei mais 2 quartos no mesmo hotel para eles. Durante o fim de semana, além do concerto, "lambuzámo-nos" com refeições divinais em restaurantes daqueles em que a reserva teve de ser feita na mesma altura em que reservei o quartos do hotel, bares e discotecas muito fashion (até me vesti de forma diferente do habitual e gostei) e claro, esticámo-nos ao sol na piscina do hotel, o auge da preguiça. Muitas gargalhadas, algumas até às lágrimas. Enfim, sintonia perfeita entre pessoas que se conhecem a um nível de "raio X". Em suma, acho que raramente haverá situações destas, onde todos os intervenientes estão, ao mesmo tempo, tão bem dispostos e tão dispostos à partilha da boa disposição. E é isto que me fica, não são os restaurantes, não são as festas "in", nem o luxo do hotel, são as pessoas com quem estive, e a felicidade que senti por estar com elas. Isso é que é importante.

2.8.09

Literalmente

Não sou diferente das outras pessoas. A música provoca-me emoções. Várias. Mas há alguma música que me faz cócegas, porque me faz literalmente rir. Não é um sorriso interior, nem um sorriso exterior. É riso mesmo, são gargalhadas às vezes até. E não é por achar cómico. As cócegas provocam-me a mesmíssima coisa, por isso são cócegas. Ou então é simples felicidade.

Gozo

É um facto. Eu espremo até ao fim, até à última gota. Enquanto os outros já dormem ou lêem uma qualquer revista, daquelas que têm mais fotos que texto e mais páginas com publicidade a produtos de beleza ou griffes do que páginas de texto e fotos juntas, eu ainda estou a curtir, e largo. Pela simples razão que estou a conduzir. Eu adoro guiar, e se for em auto-estrada, ainda mais. Com a música certa então, é quase como levantar voo!
Obrigada “dj” pela música fabulosa que foste pondo, só houve mesmo aqueles minutos de merda em que me começaram a espreitar uns bocejos, mas perdoo-te porque depressa atinaste da cabeça e regressaste ao espírito que eu esperava de ti.
E obrigada dona do carro por me teres deixado guiá-lo (eu sei que pareceu que eu te estava a fazer um favor por causa das tuas dores nas costas mas não foi favor nenhum, topas?)
Por isso hoje fiz a A1 de Lisboa até casa a uma média de 150 Km/h (calculados por defeito) só porque o carro não era o meu…

P.S. dj amor, não ouvimos esta só porque tu não sabes… que tem tudo a ver…