23.3.11

Não precisa de título

Esta história da universidade, podia ter sido outra coisa qualquer, porque pensar é coisa que me acontece frequentemente, fez-me pensar. E penso na minha vida, onde estou e para onde vou. Ainda não sei assim muito bem. Penso no que foi a minha vida desde que me conheço adulta e comparo com o que vivi nos últimos meses. Penso no meu percurso profissional e no que espero ainda alcançar. Penso nos meus filhos e na marca que gostaria de lhes deixar. Penso essencialmente em mim. Sou tão exigente, tão rigorosa em determinados aspectos e tão desleixada noutros. Gosto de pensar que valorizo muito mais aquilo que importa e o que considero superficial é tratado simplesmente assim, como superficial, sem direito a grande tempo ou esforço, mas este balanço é somente o meu. Aprendi a perdoar e hoje sei que é dos estados mais libertadores que podemos atingir. Há alguns anos achava que nunca perdoaria determinadas atitudes, mas isso só significa agarrarmo-nos a coisas más, e quem se agarra a coisas más fica mau, fica azedo. Quando perdoamos os outros libertamo-nos de nós mesmos, e quem nos olha com desdém porque somos parvos ou fracos é aos nossos olhos apenas mesquinho. Avançamos, deixamos o que nos faz mal para trás e às vezes pessoas também, mas percebemos que não precisamos delas para nada. Nem para nos sentirmos fortes, nem para sermos felizes. Para sermos felizes temos de perdoar a nós próprios, mas isso, ainda não aprendi.

4 comentários:

CB disse...

Jacklyn,
Absolutamente certo. E é a lição mais difícil de aprender. É mais um caminho que se faz aos poucos, começando por pequenas coisas. Ainda estou a dar os primeiros passos, mas já dei alguns, e isso anima-me a pensar que mais dia menos dia darei outros maiores. Grandes ou pequenos, é preciso é dar um passo de cada vez. E tu darás, com certeza.

grassa disse...

Gosto de ser azedo. Poupo no vinagre para as saladas.

jacklyn disse...

Caminho difícil, Princesa. Cheio de avanços e recuos...

jacklyn disse...

Oh grassa :) Só tu.