5.5.09

Instantâneos

Há uns anos atrás alguém me disse que funcionamos sempre melhor quando estamos sob pressão. Isto porque damos sempre o nosso melhor para cumprir o objectivo a que nos propusemos quando sabemos que estamos na corda bamba, que o tempo está a acabar, e que não há espaço para falhas. E é verdade, pelo menos para mim.
Gosto da adrenalina, da excitação que um prazo curto exige, a atenção constante a todos os pormenores, não pode falhar nenhum deles pois compromete todos os outros. Seja em que aspecto for, profissional ou pessoal.
Quando viajo por exemplo, não gosto de fazer a mala de véspera. Se o fizer demoro 3 vezes mais tempo e decido sempre mal o conteúdo da mesma. Ou levo tralha a mais, ou a menos. Na hora acerto sempre. Nunca estudei para um exame sem ser na véspera (aqui sim, na véspera) mesmo esticando a noite até à manhã seguinte, e safei-me sempre melhor do que os que passavam uma semana inteira a marrar.
Gosto da pressão. E não gosto de quem fica aterrorizado com ela, confesso. Muito boa gente se espalha ao comprido perante a perspectiva de qualquer coisa que tenha de ser feita em menos tempos do que o normal. Atrapalham-se, bloqueiam e nem sequer conseguem raciocinar. Não são capazes de estabelecer as prioridades, de definir as fases do processo. Acabam sempre por ou fazer a coisa mal feita, ou não a conseguir fazer de todo.
Não gosto de quem não é capaz de manter o sangue frio em momentos de pressão. A falta de auto-controlo dá sempre problemas. Em vez de canalizar a energia de forma positiva deixam-se atropelar por ela e acabam espatifados no chão.

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