Não. Não guardo rancor de ninguém, apesar de já me terem feito mal. Não guardo rancor porque não gosto. É como quando tenho areia no sapato, incomoda e chateia, e torna impossível esquecermo-nos dela lá dentro. Não dou meia dúzia de passos sem parar tirar o sapato e a sacudir para poder andar sem incómodo. É assim o rancor, apodera-se de nós, não o conseguimos esquecer e condiciona-nos os movimentos, transforma-nos. Sem percebermos somos amargos e vingativos. É melhor sacudir e deixar para trás. Caminhamos sempre melhor sem areia dentro do sapato.
7 comentários:
Gosto tando de vir aqui ler o que você escreve, Jacklyn, mas gosto muito. Ele não é areia nos sapatos. É areia macia massageando os pés, areia em um castelo, areia molhada de espumas, areia cheia de mar e de vida.
Gostava tanto de acreditar nisso minha querida, mas não consigo...
Rancor? Tenho tanto disso que estou a pensar em abrir um serviço de catering.
Acho que devias livrar-te dele o mais rápido possível. Abre lá o serviço que achares mais eficaz :)
Rancor, é substituir em nós o espaço que alguém nos ocupa, pela dôr do golpe disferido. Faz mal a tudo e todos.
Quando muito, mágoa, que é o sentimento natural de defesa e se possível, só o tempo suficiente até que o cuore se acostume à desilusão.
Depois é em frente e leve ... levezinha:)
*desferido
(dasse, que aquilo estava tão poético ...)
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