25.1.11

Tinta

Tenho uma vontade medonha de te escrever cartas de amor, à antiga, de escrever com caneta e derramar toda a tristeza na tinta preta desenhando na alvura do papel os contornos do meu amor, de transformar em palavras todos os sentimento que me prendem e me escorraçam de ti, de te abrir as entranhas e mostrar-te toda a podridão que me definha, de aliviar este peso que me esmaga o peito e me impede de respirar, mas não sei a tua morada, mesmo que as escreva, não sei para onde as mandar.

6 comentários:

Pulha Garcia disse...

Por vezes também tenho vontade de escrever cartas de amor à antiga, redigidas em tinta permanente. Mas não sairia do mesmo lugar. Pior ainda, afunda-me no mesmo lugar. O futuro é o caminho. Isso e fazer a marmelada que nós sabemos.

jacklyn disse...

Precisamente Pulha, na prática, não muda nada.

Pulha Garcia disse...

(o que é que achaste da parte da marmelada?)

jacklyn disse...

(Pulha man, eu não ia dizer nada pá, mas tu só dizes que não gostas de marmelada porque nunca provaste da minha:))

Pulha Garcia disse...

Touché. (Mas o meu médico não deixa)


Ps- e a retrete ficou bem?

jacklyn disse...

:D

A retrete está a ficar um luxo.

I just can't wait...