4.6.14

Queixas


Não tenho por hábito queixar-me e quando o faço é a pessoas muito próximas e da minha inteira confiança. Ou então aqui, espaço neutro e que é o saco de todos os meus desabafos. Não tem fundo nem eco, não julga nem censura, e sobretudo não responde. Despejo aqui para o mundo, tão público mas tão privado, quem sabe a quem chegará mas também não importa, não conheço, não me conhecem. E se há algumas pessoas que possam ler o que aqui escrevo que me conhecem pessoalmente, essas merecem-me a maior estima e confiança, de outra forma ou não me conheceriam pessoalmente, ou desconheceriam este blogue. Por isso, quando aqui me queixo, também me queixo a pessoas muito próximas e da minha inteira confiança. Venho queixar-me, hoje. Venho queixar-me do meu cansaço, das minhas indecisões, das minhas inseguranças, das minhas fraquezas. Venho queixar-me das minhas incertezas, de não saber muito bem para onde vou, para onde quero ir. Venho queixar-me de achar que o plano que tracei me parecer agora quase patético, venho queixar-me de estar convencida que não vou ser capaz de o levar a cabo, venho queixar-me da minha ignorância, da minha estupidez. Venho queixar-me unicamente de mim.

5 comentários:

grassa disse...

Da tua estupidez? Porque te queixas de uma coisa que não tens?

jacklyn disse...

Tenho meu querido. Tenho.

grassa disse...

Há vários tipos de inteligência. Analítica, emocional, logística, algorítmica, social, etc.

E tu tens pelo menos um pouco de todas.

jacklyn disse...

Isso dizes tu, que gostas de mim :)

grassa disse...

A qualidade das tuas faculdades mentais está acima do meu sentimento por ti.

Gostar de ti apenas faz com que verbalize essa tua inegável característica.