7.11.10
Fardamento
Hoje houve fardamento. É o que se chama a terem estado todos os escuteiros da freguesia, devidamente fardados, do mais pequenino ao mais velho, na missa das onze. Com as bandeiras do agrupamento levantadas com orgulho. Achei muito bom, porque estava o professor, que por acaso é o director do agrupamento das escolas primárias sentado ao lado do tecelão, e por acaso o tecelão, na hierarquia dos escuteiros está acima do professor. Também estavam os moços, lado a lado, todos iguais com o lenço da mesma cor, os universitários e os operários fabris. Os putos, uma maravilha, sejam filhos do sapateiro ou do presidente da junta, do agricultor ou do advogado, é tudo igual. Gostei. E tive pena, mais uma vez, que os meus macaquitos não queiram ser escuteiros. O princípio da coisa é fixe. Seja qual for a proveniência, a família, a profissão, a condição financeira, ali não há distinções, a farda é igual e apaga as diferenças de todas as espécies. A única coisa que conta é a cor do lenço, e essa vai mudando com o passar dos anos e com o mérito de cada um. Ponho o meu pescoço como ali ninguém suborna ninguém para que o lenço mude de cor mais depressa.
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1 comentário:
Hum, eu já não ponho o meu pescoço em sítio nenhum ...
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