7.3.10
Flirt
Foi uma daquelas situações em que o que se estava a passar na minha cabeça era exactamente o que se estava a passar na dele. Mais um copo, mais um cigarro, mais uma gargalhada. Depois já se bebe do mesmo copo, já se fuma o mesmo cigarro e as gargalhadas já são intercaladas com sorrisos acompanhados de olhos que procuram os olhos. Gentilezas que de desinteressadas nada têm, o vou contigo que está muita confusão e dá-me a mão e aperta ao mesmo tempo que a outra mão suavemente pousa na cinta que disfarçadamente passa a ser a anca deslizando até à barriga diminuindo a distância entre os corpos a cada passo dado. E no meio da confusão há uma torrente de gente que força a marcha até à parede e eu quase arrastada pela multidão sinto um braço que me envolve, me levanta e vira colocando-me entre a parede e o corpo que colado ao meu me protege do arrastão. Eu a ver, eu a ver tudinho e ele a perceber perfeitamente que eu estava a perceber. Nada mais que isto. Despedidas sem troca de contactos com o intuito óbvio de dar seguimento ao flirt delicioso que ali ocorreu. Nada. Mas ambos sabemos que mesmo sem se ter combinado o que quer que fosse é apenas uma questão de dias até que nos voltemos a encontrar. E esta expectativa, assim no "escuro", é provavelmente o melhor que esta cena toda tem.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Se não me falha a memória, é mesmo essa a melhor parte dessa cena toda.
E olha que eu flirto ( não! era só o que faltava!) mas pronto ... não é assim... infelizmente... não, ninguém me arrebata do chão e me proteje de arrastões, não ... nem ...
Opááááááááááááá......
Opáááááá... Tu não te enerves mulher, vá... tem calma... respira...
Ai, foi tão bom :-) eu queria lá saber do arrastão para a alguma coisa. Lol
Enviar um comentário