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5.7.10
Parir
Não é à toa que foi destinada às fêmeas a tarefa de carregar a cria no ventre e de a parir no fim do tempo. É que a Natureza sempre soube que uma fêmea, por muito que lhe doa, por muito que lhe custe, ainda que lhe rasgue as entranhas, a fêmea faz o que tem de ser feito, e a cria vem ao mundo. Há milhares, ou milhões de anos que é assim. Porque se esta tarefa fosse confiada aos machos, na hora da verdade, fechavam as pernas e ficavam à espera que passasse. É preciso fazer? Uma mulher faz. É fodido? Uma mulher faz. Custa cumó caralho? Uma mulher faz. Onde é que ela vai buscar a força? Pois ela não sabe, mas faz. E quando uma mulher tem de parir seja lá o que for, ela sabe que é para ela, ela sabe que ninguém o vai fazer por ela. Os homens, ao invés, esperam que passe. Os homens, por norma, não fazem. Em raras excepções eles podem até fazer, mas o truque é nunca esperar deles que façam. Fica tudo muito mais simples.
7.6.10
Livro amarelo
Da última vez que fui fazer o controlo do sangue quase que houve chapada entre os idosos que lá estavam na fila para fazer a inscrição. Aquilo é simplesmente absurdo. Primeiro dois guichets e duas filas paralelas a uns dois metros depois da porta que para além de ser para as pessoas que vão às consultas externas também é para as pessoas que ficam à espera de familiares que dão entrada nas urgências. Portanto é um corridinho de pessoal a passar de muletas, de cadeira de rodas, malta com as criancinhas ao colo, tudo ali a furar as filas e os das filas a serem apertados uns contra os outros. Segundo, o povo põe-se na fila mas as inscrições para Imunohemoterapia (onde eu vou tirar sangue) só começam às 10:15h o que quer dizer que ficam as pessoas todas misturadas, as que vão ao sangue (que é assim que os idosos dizem) e as que não vão, e há sempre aquelas alminhas que não se apercebem e ficam à espera, atrás dos do sangue e podiam passar para a frente. E há também aqueles velhinhos que se sentam, e à hora de começarem as inscrições se aproximam e fazem de conta que estavam na fila e tentam fazer batota. Ora isto, dá sempre origem a confusões, desde que lá vou que é este circo. Os funcionários aguentam tudo, os velhinhos a reclamar uns com os outros, os não velhinhos a reclamar com os funcionários e devo dizê-lo, com muita paciência e categoria, coisa rara em serviços públicos. Pois bem, da ultima vez que lá estive pensei que aquela merda havia de ter um Livro de Reclamações e que estava na altura de o usar. Perguntei onde é que estava o tal livro e lá fui pronta para escrever. Basicamente sugeri que abrissem o terceiro guichet, que esteve sempre fechado desde que lá vou, só para a malta que vai ao sangue, que são mais de 100 pessoas na segunda leva (a minha) e deduzo que sejam outras tantas na primeira. Portanto, abrir o tal guichet só para as cerca de 250 pessoas que todas as manhãs vão ao sangue, acho que se justifica. E deixam-se os outros dois para o pessoal "sortido", além de que o terceiro guichet está afastado da porta abrindo assim mais espaço para os que por lá passam. Hoje achei aquilo estranhamente calmo. Pouca gente à porta, e pouco barulho principalmente. Ao avançar mais uns passos, verifiquei que o terceiro guichet estava aberto e a fila era só de malta para o sangue. Sorri.
24.2.10
14.2.10
Face-lift
Pois que eu hoje resolvi mudar o meu quarto. Troquei móveis de sítio, tirei a televisão duma coisa esquisita que mais parecia um aranhiço agarrado à parede, despedi a mesa de cabeceira da sua função habitual e promovi um cadeirão a mesa de cabeceira. Ficou tudo muito bem. Aproveitei o lanço e fiz uma inspecção às gavetas do armário já que tive de as tirar do armário para lhe poder mexer, que eu não tenho super poderes. Gosto muito, fica mais espaçoso e acima de tudo, está diferente. Falta-me comprar dois candeeiros para o tecto, sim tem dois pontos de luz, que ainda têm os tristes fios e as ainda mais tristes lâmpadas porque em oito anos nesta casa nunca se chegou a acordo sobre o estilo dos candeeiros. Admito que nos últimos anos nem sequer se falava mais nisso, deixou simplesmente de ter interesse. Agora, altamente foi ter feito isto tudo sem dar cavaco a ninguém. Sem ter de negociar com ninguém, sem ter de verificar antes se as ideias agradam ao co-habitante do quarto. Por isso, quando vir uns candeeiros que goste compro-os e acabou. Isso é que me sabe bem. Penso, decido e faço. Pronto, está feito. Eu gosto. É para mim.
9.2.10
Valentine
Juro que não entendo esta merda do dia dos namorados. Para mim deveria haver o dia dos casados em vez do dia dos namorados. Quer dizer, os namorados não deveriam precisar de um dia especial para comemorar ou para passar tempo juntos, essa merda deve ser natural. Já os casados, e principalmente os que têm filhos, coitados, esses estão à esperinha, como de pão para a boca de uma noite especial, em que possam empandeirar os filhos para os avós ou padrinhos ou babysitters, e disfrutar de um belo jantar, e de um bocado bem passado a dois, quem sabe uma pequena loucura e passar a noite fora, quem sabe... É que a rotina de um casal, ou melhor, de uma família dá cabo do romance, ninguém se iluda. Então dê-se aos casados a oportunidade de comemorar, de fugir da rotina, de fazer um truquezito e apimentar a relação. Dê-se aos casados o Valentine's day. Os namorados cuja relação não seja já apimentada sem precisar de requerer a datas especiais nem deviam ser namorados sequer, bleargh! Já estar casado, ter filhos e manter a chama viva não é fácil, dá mesmo bastante trabalho. E quem disser o contrário mente.
2.2.10
Diversidade
Não vale a pena ter ilusões. Só nos complicam a vida, as ilusões. Temos de ser práticos, é tão mais fácil. Para quem não pretende compromissos, a forma mais fácil de ter tudo o que quer é apostar na variedade. Vejamos: todas as pessoas têm defeitos e virtudes, ou melhor, têm coisas boas e coisas menos boas. O que há a fazer é investir nas coisas boas e ignorar as coisas menos boas. Assim, só se aproveita o que realmente interessa. E as características interessantes estão, como toda a gente sabe, distribuídas por pessoas diferentes. Por exemplo, se há alguém com quem se pode conversar sobre um determinado tema, converse-se, explore-se. Se há alguém que tem muito sentido de humor, ria-se, gargalhe-se. Se há alguém que desperta o desejo, incendeie-se, arda-se. Não se deve é ter a pretensão de querer ter tudo concentrado numa só pessoa, porque mais cedo ou mais tarde ficamos com aquela sensação de que falta qualquer coisa. E isso, estraga tudo.
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