Lembro-me de sentir isto quando percebi que o meu ex-marido me mandou seguir e mandou colocar um dispositivo de localização no meu carro, quando acreditava que eu tinha um amante e queria ter provas para mostrar a toda a gente para justificar a nossa separação. Lembro-me de me sentir assim, roubada, pilhada. A mesma frustração, a mesma raiva, a mesma sensação de perda, e acima de tudo a mesma impotência. Esta fim-de-semana assaltaram o carro do meu irmão e levaram a minha bolsa. A bolsa não valia um cu, mas dentro tinha a minha vida. Além de todas as minhas chaves, de casa e do meu carro, que tive de substituir mais os respectivos canhões, dentro da bolsa estava a minha carteira com os documentos excepto o cartão multibanco e o cartão de cidadão, ou cartão único ou lá como é que se chama, e o telemóvel, que tinha comigo. Mas a carteira constitui a minha vingança. Os filhos da puta dos ladrões não levaram um chavo. Nem tusto. Tive de cancelar o cartão de crédito e os cheques, é verdade, mas nem uma moedinha tinha. Mas a verdade é que preferia que me tivessem roubado uma porrada de euros do que o que efectivamente me roubaram. O sentimento não seria este, seria diferente. O dinheiro que se foda, a minha vida toda nas mãos de um estranho é que me incomoda mesmo muito. Mas, como me disse alguém chegado, quando me queixei que tinha uma puta duma sorte do caralho, vai à merda pá, os documentos e as chaves são todos substituíveis. Pensa que podias ter tido um acidente e a esta hora estar toda fodida numa cama de hospital, isso é que era, vai à merda pá, põe-te fina mas é.
E é.
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31.5.11
8.9.10
Veredicto
Fiz o tal exame, hoje. O eco-doppler. A veia poplítea está bem. Há lá um pequeno vestígio da trombose na válvula, mas pouco, muito pouco.
Apetece-me tanto fumar. Tanto, mas tanto... Para me distrair ontem à noite fiz chá. Devo ter bebido perto de um litro de chá. Não me apetece chá, hoje. Coca-cola. Hoje é coca-cola.
Tenho de desfazer-me de todas as garrafas de bebidas alcoólicas, antes que a coisa vire...
Apetece-me tanto fumar. Tanto, mas tanto... Para me distrair ontem à noite fiz chá. Devo ter bebido perto de um litro de chá. Não me apetece chá, hoje. Coca-cola. Hoje é coca-cola.
Tenho de desfazer-me de todas as garrafas de bebidas alcoólicas, antes que a coisa vire...
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24.1.10
Parva
Sou mesmo parva. A sério que sou. Na sexta-feira fiquei furiosa com o resultado do controlo do sangue, porque tuda a evolução dos últimos 20 dias foi por água abaixo. Está pior do que no início do tratamento com o anti-coagulante. Caiu-me tudo ao chão, não contava com isto, tinha interiorizado que em mais 2 semanas iria atingir os valores pretendidos e iria poder começar a fazer o regresso à minha vida normal. Já me tinha passado a neura provocada pelo facto de me sentir bem e mesmo assim ter de continuar fechada em casa, sim, porque a perninha já não me dói há bué de tempo. Parva! Parva! Parva! É que, uma vez que não se encontra explicação para a trombose ter sucedido na perna, poderia muito bem ter sido no coração ou no cérebro, e aí sim, seria muitíssimo mais grave. Parva! Ainda me queixo! O que é ter uma mancha castanha na perna ou mesmo ficar manca, coisas que não ocorreram sequer, comparadas com as possíveis sequelas de qualquer uma das outras duas hipóteses?
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